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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SOFRER POR PRAZER




Dias bons e dias menos bons acontecem a todos mas falta de atitude em campo não pode, nunca, faltar. Contra o Hertha não rubricámos uma grande exibição mas a equipa teve atitude, lutou, teve espírito de sacrifício, ontem isso não aconteceu e é isso que se tem de lamentar. Tendo oportunidade de aproveitar a perda de pontos de um rival directo é inaceitável que a equipa do Benfica entre em campo de uma forma tão apática, tão expectante e tão pouco decidida. Hoje em dia já sabemos que as camisolas não ganham jogos, só as da Corja Corrupta Assumida... e às vezes nem assim.
O Benfica até entrou no jogo com boas ocasiões de golo mas a bola não entrava e a toada tranquila da nossa equipa foi ganhando forma, havia circulação de bola, não jogávamos "à maluca", procurávamos jogar com cabeça, mas faltava garra, e quando não tínhamos a bola não pressionávamos, não éramos fortes na marcação, deixámos a Naval "respirar" e com isso permitindo que os figueirenses fossem fazendo o seu jogo. Na segunda parte Quique arrisca ao tirar os dois elementos mais defensivos do meio campo, Ruben Amorim e Yebda colocando Katsouranis e Di María e substituindo Suazo por Cardozo. O mote era claro: atacar e procurar o golo; mas ao mesmo tempo a debilidade deste 4x4x2 clássico veio ao de cima com a saída de Yebda, que era o único jogador do Benfica que exercia pressão defensiva sobre o portador da bola da Naval e sem ele o meio campo ficou muito mais macio, já que Carlos Martins começa a dar razão a Paulo Bento… Um 4x4x2 neste esquema ou é atacante ou é defensivo, conseguir o meio termo não tem sido fácil para Quique Flores.
Mais uma vez, após alcançarmos o golo que nos dá vantagem, fomos incapazes de gerir o jogo, manter a posse de bola e continuar a procurar a baliza adversária, mas sempre com racionalidade e certeza de passe. Pelo contrário, foi a Naval que veio para cima de nós, foram eles que nos pressionaram e, infelizmente, de forma previsível chegaram ao empate. Com pouco tempo para jogar o Benfica acordou e um lutador de seu nome: Jorge Ribeiro conseguiu um cruzamento milimétrico para Cardozo que, de cabeça, mais uma vez nos deu três importantíssimos pontos numa jornada muito positiva para o nosso Glorioso clube.
Mais uma vez não acho que tenha existido exibições más dos nossos jogadores a nível individual, essencialmente falhámos como equipa. Gostei de Jorge Ribeiro, a dupla de centrais voltou a estar bem, Yebda continua a encher o campo, Reyes está a surpreender-me pela atitude positiva que tem em campo, Nuno Gomes muito batalhador mas novamente perdulário e Quim muito bem mais uma vez. O jogador mais apagado foi Carlos Martins com imensos passes e decisões erradas.
O corrupto que veio arbitrar este jogo vinha preparado para o que se sabe. Mais um penalty claro a nosso favor que fica por assinalar. É impressionante como estes animais não têm vergonha na cara e recusam-se a apitar faltas a nosso favor tão claras como a que todos viram. A Naval pode queixar-se de um fora de jogo muito mal assinalado que colocaria um jogador seu cara a cara com Quim.
Foi muito importante ter vencido hoje para se aproveitar os deslizes dos rivais mas também é muito importante que a equipa comece a encarar a competição de uma forma mais séria. A culpa aqui é de todos, jogadores, treinadores, dirigentes. É importante passar, definitivamente, a mensagem que somos o Sport Lisboa e Benfica e que quem envergar o Manto Sagrado tem que dar tudo pelas nossas cores enquanto estiver no relvado. Temos que ser mais batalhadores porque só assim iremos conseguir atingir os nossos objectivos. Temos que lutar por eles e não esperar que os outros lutem por nós.

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